A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) finalizou o inquérito da Operação Nexum, com Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e o empresário Maciel Alves de Carvalho indiciados por crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A investigação, liderada pela Delegacia de Repressão à Ordem Tributária do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor), revelou uma associação criminosa dedicada a esquemas de fraude fiscal, utilizando empresas de fachada e “laranjas” para ocultar a verdadeira propriedade dos negócios e desviar recursos.
O relatório final, entregue ao Judiciário em 08/02, detalha a utilização de identidades fictícias, como a de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, para abrir contas bancárias e registrar empresas sob sua titularidade. Além disso, a investigação identificou falsificação de faturamentos e documentos empresariais, com o uso indevido de informações de contadores para inserir dados falsos em declarações oficiais. Suspeitas de movimentações financeiras e transferências de valores para o exterior também foram detectadas.
A PCDF executou mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo o apartamento de Jair Renan no Sudoeste (DF) e endereços em Santa Catarina, além das residências de outros dois suspeitos envolvidos no esquema. O processo segue sob sigilo, aguardando análise do Poder Judiciário.