A notícia da possível nomeação de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, para o Conselho de Administração da mineradora Vale, provocou uma reação negativa no mercado, resultando na perda de R$ 8,5 bilhões em valor de mercado da empresa. Antes da indicação pelo governo Lula, a Vale apresentava um valor de mercado de R$ 308,5 bilhões, o qual caiu para R$ 300 bilhões após a divulgação da notícia. A última vez que a empresa atingiu essa marca foi em outubro de 2023.
Analistas indicam que a interferência do governo na gestão da Vale é mal recebida pelo mercado, que valoriza a empresa principalmente por seu histórico de altos dividendos. Em 2023, a Vale distribuiu R$ 28,9 bilhões em proventos aos acionistas. Mantega, ex-ministro da Fazenda nas administrações petistas de Lula e no primeiro mandato de Dilma Rousseff, enfrentou críticas e investigações. Ele foi substituído por Joaquim Levy em 2014 e, em 2016, testemunhou o impeachment da ex-presidente Rousseff.
Em 2018, Mantega também foi alvo de investigação pelo Ministério Público Federal por irregularidades financeiras. Caso sua nomeação para o Conselho de Administração da Vale seja confirmada, apesar da reação adversa do mercado, ele poderá receber um salário mensal de R$ 112 mil, valor médio pago aos 13 conselheiros da empresa.