O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para incluir o ex-deputado federal Deltan Dallagnol na investigação das fake news em curso no STF.
Flávio Dino acusou Dallagnol de disseminar informações falsas, alegando que ele teria feito acordos com o crime organizado, permitindo sua visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em março. O Ministro da Justiça afirmou que a visita foi divulgada de forma maliciosa nas redes sociais, citando entrevistas concedidas por Dallagnol à CNN e à Jovem Pan.
No entanto, na quinta-feira (22), Moraes decidiu que não havia conexão entre as alegações de Dallagnol e os fatos investigados no inquérito das fake news, que tem como objetivo examinar ameaças e ataques contra os ministros do Supremo. Após a cassação do mandato parlamentar de Dallagnol pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Moraes determinou que a denúncia de Dino contra Dallagnol fosse enviada para a primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal.
Dino argumentou que, além de disseminar fake news, Dallagnol teria cometido os crimes de calúnia e difamação contra ele, quebrado o decoro parlamentar e possivelmente incorrido em delito de racismo contra as “camadas menos abastadas da sociedade”.