De acordo com um estudo realizado pelo TradeMap, o Ibovespa teve uma queda de 7,20% nos 100 primeiros dias do terceiro mandato do governo Lula. Esse resultado é o segundo pior dos últimos 28 anos, ficando atrás apenas do primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), quando o Plano Real foi implementado e a Bolsa caiu 28,48%.

Essa queda do mercado de ações está relacionada aos receios dos investidores em relação às possíveis intervenções do presidente Lula na condução da política monetária. Ele tem atacado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionado mudanças nas metas de inflação e pressionado por uma decisão política para a queda dos juros.

Além disso, há muitas expectativas em relação à apresentação de normas que substituam o teto de gastos do governo, o que daria mais segurança para o controle fiscal do país. Tudo isso tem gerado uma percepção de trava ou um certo imobilismo para fazer a roda da economia girar novamente.

Empresas como Americanas, Tok&Stok e Marisa têm enfrentado dificuldades por estarem endividadas e não conseguirem crédito cada vez mais restrito e caro. A situação das montadoras também expõe as dificuldades do setor, e os números do desemprego reforçam o quadro de queda na atividade econômica.

A quebra de bancos como Americanas, Silicon Valley e Signature Bank, e do Credit Suisse também contribuiu para os resultados do Ibovespa. Isso porque os mercados se retraíram até que ficasse mais clara a possibilidade de risco sistêmico entre os bancos.

O estudo do TradeMap mostrou que as três maiores quedas do Ibovespa nos 100 dias foram Hapvida, -53,74%; Alpargatas, -48,14%; e CVC -36,75%. As três maiores altas ficaram por conta de Embraer, 38,92%; EcoRodovias, 25,39%; e Magalu, 22,26%.

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