O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter em sigilo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que tentava vincular juízes do STF, incluindo ele próprio, ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O documento, intitulado ‘Prévia Nini.docx’, foi citado no despacho que autorizou uma operação da Polícia Federal (PF) contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Moraes destacou que as investigações, conduzidas de 2019 a 2021, envolveram cinco funcionários da Abin, apontando a atuação deles como “evidência de instrumentalização da Abin”. O ministro Gilmar Mendes também foi mencionado no controverso documento, conforme indicado pela investigação da PF.

A decisão de Moraes, relacionada à suposta ligação com o PCC, autorizou a ação policial contra Ramagem. Durante a gestão Bolsonaro, a PF identificou um “esquema clandestino” de espionagem na Abin, com a participação de Ramagem.

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete e o imóvel funcional de Ramagem, em uma operação conduzida pela PF em diferentes localidades, como Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João del Rei (MG) e Rio de Janeiro.

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