No domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em um encontro marcado por camisetas amarelas e bandeiras do Brasil e de Israel. Chegando em ônibus vindos do interior de São Paulo e de outros estados, os participantes expressaram seu apoio ao ex-presidente, atualmente inelegível até 2030 por abuso de poder econômico, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante o evento, Bolsonaro criticou as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez um apelo por anistia aos condenados pelos incidentes de 8 de janeiro, os quais ele se referiu como “aliados”. O ex-presidente é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) e do STF relacionadas ao ataque ocorrido nessa data à sede dos Três Poderes em Brasília, caracterizado por uma tentativa de subverter o estado democrático de direito e promover um golpe de Estado.

Em seu discurso, Bolsonaro admitiu a existência de um documento que propunha a decretação de estado de sítio, prisão de parlamentares e ministros do STF, além de dar suporte a um suposto golpe de Estado. Entretanto, ele criticou as investigações conduzidas pela PF sobre esse documento. Cópias desse texto foram encontradas pela PF na residência do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, e no escritório do Partido Liberal (PL), ao qual Bolsonaro é filiado. Além disso, o documento foi mencionado em delações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República.

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As investigações também incluem um vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em julho de 2022. Na ocasião, auxiliares diretos de Bolsonaro e um grupo de militares discutiram alternativas para atacar o sistema eleitoral eletrônico e interferir na eleição presidencial de 2022.

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