A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (19) que não assinou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma orientação de seu advogado. A parlamentar destacou que, por estar envolvida em oito processos na Suprema Corte, foi aconselhada a não subscrever o requerimento.
Zambelli minimizou a ausência de sua assinatura, ressaltando que o pedido de impeachment deve ser formalizado no Senado e que sua contribuição teria caráter simbólico. A deputada também reforçou que, no momento, sua prioridade é a deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Agora é o momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira desta batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar dois passos atrás”, escreveu Zambelli em uma publicação no X (antigo Twitter).
O documento, que circula no Congresso, já conta com mais de 115 assinaturas. Ele acusa Moraes de utilizar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira informal para “perseguir” bolsonaristas nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Moraes teria usado a estrutura da Corte Eleitoral para embasar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro, no entanto, defende que o TSE tem “poder de polícia” e que os relatórios solicitados foram “oficiais e regulares”.
Zambelli também enfrenta investigações no STF por seu suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022 e pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em ação conduzida ao lado do hacker Walter Delgatti Neto.