Argino Bedin, empresário de 73 anos suspeito de financiar os ataques aos prédios dos Três Poderes, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, realizada nesta terça-feira, 3. Ele abriu mão de fazer um pronunciamento inicial, emocionou-se durante a oitiva e respondeu apenas com “sim” ou “não” a algumas perguntas.

O direito de permanecer calado em questões potencialmente incriminatórias foi concedido a Bedin pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli na segunda-feira, 2.

Bedin foi convocado como testemunha pelo colegiado. Ao iniciar a sessão e responder às perguntas da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o empresário informou que não se pronunciaria. “Eu vou exercer o meu direito de permanecer calado”, declarou. Bedin foi o primeiro suspeito de financiar os atos convocado pela CPMI.

Durante o depoimento, Bedin começou a chorar durante a fala do deputado federal Filipe Barros (PL-PR). O deputado bolsonarista defendeu que o empresário não deveria ser investigado por ter colaborado com uma manifestação que tinha como objetivo ser pacífica.

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Bedin foi consolado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que questionou a capacidade de financiamento do empresário, destacando que seus bens foram bloqueados em novembro de 2022.

A CPMI encerrou seus trabalhos nesta terça-feira, de forma extraoficial, devido à falta de acordo entre a base governista e a oposição para pautar novas convocações. O relatório final de Eliziane Gama será apresentado em 17 de novembro, sem incluir os depoimentos do ex-ministro Walter Braga Netto e do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier dos Santos, solicitados pela base governista.

Argino Bedin é acusado de financiar atos antidemocráticos, e sua convocação à CPMI foi justificada por suspeitas relacionadas ao financiamento dos eventos de 8 de janeiro de 2023.

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