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A interferência das grandes empresas de tecnologia foi apontada como um dos fatores que impediu a votação do Projeto de Lei (PL) das Fake News, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), durante um evento em Portugal na segunda-feira (26).

Lira afirmou que a mobilização das chamadas big techs ultrapassou os limites do debate democrático e, juntamente com a interpretação de alguns sobre possíveis restrições à liberdade de expressão, inviabilizou a criação das condições políticas necessárias para levar o projeto à votação.

Em abril, a urgência do projeto de lei que visa regular as plataformas digitais foi aprovada pelo plenário da Câmara. Essa aprovação permitiria votar o texto a qualquer momento, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa. No entanto, o projeto foi retirado de pauta no início de maio devido à intensa pressão.

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Lira expressou a esperança de que, em um futuro próximo, o projeto possa ser novamente colocado em votação. Ele ressaltou que, sem uma regulamentação legislativa adequada para o novo ambiente informacional no Brasil, a arena política se assemelhará cada vez mais a um estado de natureza hobbesiano.

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