Durante sua live semanal na última terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou a sugestão de manter em sigilo os votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em contraste com a prática atual de transmissões públicas. Além disso, o presidente dirigiu críticas habituais ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos militares.
A proposta do presidente foi recebida com ceticismo por muitos, incluindo a jornalista Miriam Leitão, conhecida por suas inclinações à esquerda. Em resposta à ideia de Lula, ela declarou: “Essa sugestão do presidente Lula é altamente problemática. É vista como autoritária e possivelmente inconstitucional. A transparência não é uma escolha do Supremo, mas sim um princípio fundamental que deve guiar as decisões dos órgãos públicos, incluindo o governo (…). É crucial debater esse tema, pois é assim que a democracia funciona: através do debate, concordância, discordância, críticas e elogios às decisões. Criticar ministros do Supremo, como Zanin, devido aos seus votos considerados conservadores, é parte integrante do debate natural na sociedade. Eliminar esse debate seria uma visão potencialmente autoritária.”
Nesse contexto, a proposta de Lula gerou um debate intenso sobre a importância da transparência e da discussão aberta nas instituições democráticas, como o STF.